A reunião realizada nesta segunda-feira, dia 20, entre os sindicatos dos trabalhadores, juntamente com a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC), e o Sindicato da Indústria Material Plástico no Estado de Santa Catarina (SIMPESC) culminou com o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2024/2025. “Conseguimos um aumento real nos salários dos trabalhadores, que é muito importante, mesmo não sendo o nosso pleito inicial”, explica o presidente do Sintiquip, João Brasil. O aumento real foi de 1,1%, considerando o INPC acumulado nos últimos 12 meses.
O acumulado do INPC no ano foi de 3,4% e o acordo fechou com um reajuste de 4,5% nos salários dos trabalhadores.
Em relação ao piso salarial houve um reajuste de 4,8%, ficando estipulado em R$ 2.024,00. Além disso, diferentemente dos anos anteriores, a partir de agora o piso salarial passa a ser único para toda a categoria, excluindo o valor diferenciado que era pago no período de experiência (45 dias).
Segundo João Brasil, as negociações não foram fáceis, mas ressalta que houve avanços. “Conseguimos um ganho real no piso e eliminamos a diferença salarial no período de experiência de 45 dias”, afirma. Para ele, ainda falta uma mobilização maior da categoria para avançar mais nas conquistas.
O assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, que participou ativamente das três rodadas de negociação com o sindicato patronal, avaliou o fechamento do acordo como positivo. Ele destacou que, embora não tenham sido alcançadas conquistas significativas para a categoria em meio à instabilidade do setor devido aos eventos que acometem o Rio Grande do Sul, garantiu-se um aumento real que oferece aos trabalhadores e trabalhadoras um incremento no poder de compra e a redução do endividamento.
Por sua vez, o presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, destacou a relevância da negociação para os trabalhadores e trabalhadoras da categoria de plásticos, uma vez que o acordo alcançado assegura melhorias nas condições salariais e reforça a unidade sindical. Além disso, ele ressaltou que o aumento real de 1,1% representa um avanço no poder de compra, fundamental para enfrentar as pressões inflacionárias e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, destacando que a luta coletiva é capaz de trazer benefícios para toda a categoria.