Na tarde de ontem, dia 8, aconteceu a segunda rodada de negociações entre a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (FETIESC) e o Sindicato da Indústria Material Plástico no Estado de Santa Catarina (SIMPESC), mas o resultado almejado, que era a garantia de reajuste, não se concretizou. “Nossa intenção era sair da reunião e poder anunciar o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho”, comentou o presidente do Sintiquip, João Brasil.
O sindicato patronal, SIMPESC, esteve representado pelo diretor da entidade, Vernon Campos, acompanhado por alguns empresários do setor. Na mesa de negociações, o patronal apresentou uma proposta de reajuste salarial de 4,5% e um aumento do piso salarial em 4,7%, para o valor de R$ 2.024. A proposta foi rejeitada pelos dirigentes sindicais vinculados à FETIESC.
Este impasse levou à decisão de realizar uma terceira rodada de negociações, agendada para a próxima segunda-feira, dia 20 de maio, às 14 horas. Enquanto isso, preocupações foram levantadas pelos representantes sindicais. O presidente do Sintiquip, João Brasil, destacou que algumas empresas já estão antecipando o reajuste em até 6%, o que torna a proposta do SIMPESC pouco convincente para os trabalhadores.
Essa preocupação foi ratificada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão, Cortiça, Distribuidoras de Papel de Higiene e Limpeza, Indústrias Químicas, Material Plástico e Artefatos de Borracha de Rio Negrinho e região (SINTIPAR), Cintia Ronska. Ela ressaltou que reajustes tão modestos podem levar os trabalhadores e trabalhadoras a procurarem oportunidades em outros setores, o que colocaria as empresas em dificuldades para manter sua mão de obra.
Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e de Plásticos de Pomerode, Blumenau, Gaspar, Indaial e Timbó (SINDPLAS), Raul Rohling, criticou o fato de que os plásticos unificados precisam manter sua posição de unidade e aguardar a próxima rodada. Ele expressou sua frustração com essa falta de empatia das empresas.
Essa situação também foi criticada pelo presidente da FETIESC, Idemar Antonio Martini, que enfatizou a importância das negociações coletivas para o fortalecimento do movimento sindical e a obtenção de melhores condições de trabalho e salário para a classe trabalhadora.
Diante desse impasse, o assessor jurídico da FETIESC, André Bevilaqua, explicou que o fechamento da negociação entre os plásticos unificados dependerá da consulta às bases, até o dia 20 de maio.
O secretário-geral da FETIESC, Ednaldo Pedro Antonio, também esteve presente durante as negociações, demonstrando o compromisso da federação com os interesses dos trabalhadores.